segunda-feira, 29 de agosto de 2016




The King of Kings (Rei dos Reis) – 1927
05/04/2015 Waldemar Dalenogare
No começo da década de 1920, o lendário Cecil B. DeMille apresentou aos seus colegas um ambicioso plano de fazer a película definitiva sobre a vida de Jesus. Com a ajuda de Jeanie Macpherson, DeMille montou aos poucos um roteiro baseado em passagens bíblicas em um trabalho que demorou sete anos para ser concluído. The King of Kings (Rei dos Reis, no Brasil) é uma das mais bonitas dramatizações sobre os dias finais de Cristo e se tornou um clássico que começou a ser relembrado com os vários lançamentos em home video.
Ao contrário das interpretações atuais de Jesus, DeMille optou por levar ao cinema um Cristo bastante leve e tranquilo. Até mesmo na cena em que Jesus expulsa os vendedores do templo existe uma boa dose de calma. Em todas as cenas escuras, a figura de Jesus é aquela que brilha, a que sempre se destaca. Apesar da vontade de filmar todo o longa a cores, apenas a introdução e a conclusão foram filmadas no método de duas cores da Technicolor (estima-se que o custo total para produzir The King of Kings a cores exigiria um retorno de bilheteria de três milhões de dólares, três vezes mais do arrecadado).
Durante a produção, Cecil B. DeMille exigiu da sua equipe dedicação total: orações diárias eram feitas antes e depois das filmagens, e o diretor desembolsou muito dinheiro para garantir que H.B. Warner (Jesus) e Dorothy Cumming (Maria) não aparecessem em público por cinco anos em atividades que poderiam comprometer suas imagens, reforçando toda a tentativa de tornar os dois como os rostos definitivos de seus personagens no cinema. Entre as várias fofocas de Hollywood deste período, conta-se também que uma mulher apareceu no set de filmagens e exigiu dinheiro para evitar expor segredos íntimos de Warner, o que comprometeria toda a produção. DeMille, observando o risco de ver seu épico afundar antes mesmo do lançamento, aceitou dar dinheiro a esta pessoa com a condição de que ela deixasse os EUA e começasse uma nova vida na Europa.
Dentre as várias opções no mercado, considero a versão da Criterion como a definitiva: além do DVD trazer uma restauração impecável, temos bons materiais extras, como um breve making of da produção (algo bastante raro de se encontrar em filmes deste período). As trilhas de Donald Sosin (lançada na versão original de 1927), de Timothy J. Tikker (1931) e Hugo Riesenfeld (1931) mostram a importância da música e da banda sonora para a construção de um grande clímax, já que cada um dos compositores optou por tomar diferentes rumos até a ressurreição. Clássico indispensável para os fãs de filmes épicos, The King of Kings foi o primeiro longa a ser exibido no famoso Grauman’s Chinese Theater, onde foi aplaudido de pé. Além disso, foi o primeiro filme a marcar parâmetros de comparação sobre cenas do Novo Testamento, graças a um gigantesco elenco de apoio e um alto investimento nos cenários. Bem menos polêmico que The Ten Commandments (1923), DeMille completaria sua trilogia bíblica com The Sign of the Cross (1932).



Como eram os matinês na sexta-feira santa, no Cine Guarani: 


As primeiras vezes que o filme “PAIXÃO DE CRISTO” (nome em português) foi exibido nas sextas-feiras santa,em Curitiba, foram um verdadeiro Deus nos acuda! Pois se formavam imensas filas, que eram guardadas por longas cordas. Que eram amarradas na porta de entrada do cinema e seguras por guardas-civis e por funcionários do cinema, inclusive eu segurei a dita corda por diversos anos. E o grande problema desta exibição era que só havia uma cópia do filme.
O filme originalmente era mudo e em branco e preto, que foi posteriormente narrado em português, dirigido por Cecil B.de Mille denominado “King of Kings” de 1927. E sei que a referida cópia era de propriedade do Antoninho Morilha, dono do Cine Curitiba. E passava simultaneamente em cinco cinemas, um no centro da cidade; o Cine Curitiba, outro no bairro Parolim; Cine Flórida, na R. Mal. Floriano Peixoto 1828, Cine Oásis na Vila Hauer, mais o Cine Marajó no Seminário, e por último no bairro do Portão o Cine Guarani. E quem transportava as partes do filme era o Ismail Macedo, com seu possante automóvel Ford ano 1937. Os horários das sessões eram diferente em cada um dos cinemas, para dar tempo ao transporte das partes da fita entre os cinemas. Aqui um fato pitoresco tanto o Morilha como o Manassés dono do Cine Oásis, eram funcionários da RVPSC, Rede Ferroviária Federal como meu pai!

sábado, 7 de maio de 2016

Cabine de projeção do Cine Ópera!

Nessa fotografia, tirada do interior da cabine de projeção do Cine Ópera, em Curitiba, aparecem João Caputo, operador de projetor, Waldomiro Jensen, gerente e técnico eletrônico, responsável pela parte técnica dos projetores e do sistema de som dos cinemas do grupo David Carneiro, a terceira pessoa que aparece na foto, infelizmente não está identificado, era o auxiliar do João Caputo! Após o falecimento de Waldomiro, o João passou a ser o técnico responsável, acumulando a função de gerente do Cine Guarani!
Também aparece um dos três projetores do Cine Ópera!

sábado, 9 de abril de 2016

Como era o Bairro do Portão, ano de 1968!


Imagem externa do Cine Guarani! Foto de 1968.

 Localizado à Avenida República Argentina, Portão! Defronte a Rua Engenheiro Niepce da Silva! Fotografia tirada em 1968!