Henrique de Oliveira Jr. (Valinhos SP 1920). Fotógrafo, técnico de
cinema, diretor de filmes e agitador cultural. Começa a fotografar aos 8
anos. Aos 12, emprega-se como ajudante num laboratório dentário; com a
experiência, torna-se protético. Autodidata, projeta e constrói um
projetor 35 mm e câmeras de diversas bitolas. Torna-se, na década de 40,
funcionário da Prefeitura de Campinas, onde cria o Serviço de Cinema
Educativo, com sessões de cinema para crianças e adultos, no Teatro
Municipal e em bairros, iniciativa pioneira na descentralização da
cultura da cidade. Como fotógrafo da prefeitura, registra várias
passagens da vida da cidade durante as décadas de 50, 60 e 70. Dirige
seu primeiro filme, Lição Merecida (16mm), em 1952. Participa da
criação do Foto-Cine-Clube de Campinas (1955), com um grupo de amigos
que buscava incentivar e divulgar a produção fotográfica amadora na
cidade. Junto à entidade, que dirige em 1962 e 63, ministra cursos,
participa de salões, de exposições e de júri. Atua como cinegrafista,
montador e sonorizador de filmes realizados no Cine-Clube Universitário
de Campinas, em 1966 e 67. Com os artistas plásticos Bernardo Caro e
Berenice Toledo, realiza o projeto Tabela/Arqueologia do Urbano,
apresentado na XIV Bienal Internacional de São Paulo (1977). Aposenta-se
pela prefeitura em 1979, como coordenador do Museu da Imagem e do Som,
órgão que idealiza através da transformação dos antigos Serviço de
Cinema Educativo e Serviço de Imagem e Som. Membro e diretor do
Departamento de Cinema do Centro de Ciências, Letras e Artes de
Campinas, participa da organização de 10 festivais de super-8 na cidade,
na década de 80. Realiza alguns filmes nesta bitola. Por seu esforço
pessoal, é responsável direto pela preservação da maioria das imagens
remanescentes dos primeiros anos do cinema em Campinas, ainda no período
silencioso, cujos protagonistas chega a conhecer pessoalmente. Com o
tempo, especializa-se em diversas vertentes da técnica cinematográfica,
como fotografia, microfilmagem, montagem, dublagem, mixagem e processos
laboratoriais. Seus filmes receberam diversos prêmios em festivais
brasileiros e internacionais. Tabela, por exemplo, foi premiado
na 1ª Mostra do Filme Super 8 de Buenos Aires (1977) e no Festival
Internacional das Ilhas Canárias (1980). Realiza diversas
exposições sobre seu trabalho fotográfico, ao qual ainda hoje se dedica.
Filmografia:
1952 - Lição Merecida
1969 - Ser
1977 - Tabela (com Berenice Toledo, Bernardo Caro e Marcos A. Craveiro)
1978 - Sempre (com Berenice Toledo e Bernardo Caro)
1980 - Bailado
Dados extraídos do site www.itaucultural.org.br/arlicexternas/enciclopedia
Filmografia:
1952 - Lição Merecida
1969 - Ser
1977 - Tabela (com Berenice Toledo, Bernardo Caro e Marcos A. Craveiro)
1978 - Sempre (com Berenice Toledo e Bernardo Caro)
1980 - Bailado
Dados extraídos do site www.itaucultural.org.br/arlicexternas/enciclopedia